Toru Iwatani, criador e “pai” de Pac-Man, foi um dos participantes do evento especial de final de ano da Bandai Namco, no Japão, e conversou com jornalistas sobre novidades e curiosidades da série. Iwatani anunciou um novo game, comentou sobre seu processo de criação e revelou curiosidades, como o diminuto tamanho do primeiro título da série – apenas 14Kb.
Pac-Man completa 33 anos com direito a novo game, relembre o clássico
Origens inusitadas
Ainda sobre a origem, o autor lembrou que o visual de Pac-Man nasceu com uma pizza. “Olha essa foto no telão, quando eu comia uma pizza e tirei uma fatia, o visual me inspirou a criar a aparência de Pac-Man”, disse. Da mesma forma divertida, Iwatani comentou que criou o game para ser uma opção acessível a toda a família.
“Antigamente os fliperamas eram locais apenas de meninos”, disse. “E não eram lugares amistosos. Criei o jogo para ser acessível e amigável a toda a família, para que todos pudessem ir no fliperama e aproveitar. Os personagens são bonitinhos, temos os fantasmas, mas que na verdade não assustam ninguém”, brincou.
Para o criador, o segredo de criar um bom game é ter ele como simples. “As regras são simples, então fez sucesso. Você não precisa de mais do que o controle mais comum do mundo para jogar, era preciso apenas mover em posições diferentes”, adicionou. “Não precisamos de controles complicados para jogar, essa é a maior lição de Pac-Man”, apontou Iwatani.
35 anos de Pac-Man
Na ocasião do evento, Toru Iwatani estava também comemorando os 35 anos de seu “filho”. Para comemorar, a Bandai Namco convidou uma série de artistas de quadrinhos e desenhos animados, para criarem homenagens para o personagem em artes exclusivas. Algumas delas estampam a parede do quartel-general da empresa e devem ser lançadas no mercado, em breve.
Além disso, o criador também revelou que está trabalhando em um novo jogo, que na verdade é o relançamento do clássico, o primeiro Pac-Man, mas desta vez no Xbox One e PS4. Dig Dug, Galaga e Ms. Pac-Man também serão relançados.
Por fim, o criador de Pac-Man também lembrou sobre o personagem em outras mídias. Para ele, é importante levar em conta que seu “filho” tenha sido o primeiro game adaptado para outro tipo de produto. Iwatani frisou, como um dos exemplos, o filme Pixels, com o ator Adam Sandler – onde há ainda um ator que representa o próprio game designer.
Ele lembra que, mesmo fazendo algo errado no filme, Pac-Man não é um considerado um cara ruim. “É citado que Pac-Man não é mal de verdade. Ele é, para mim, considerado um ministro da justiça, e vai ser para sempre”, brincou, ao final.